Um ano depois a Ford inglesa fornecia os motores 116E e 122E. O primeiro tinha 1.490 cm3, 65 cv a 4.600 rpm e comando de válvulas no bloco, com um carburador Zenith invertido. O pequeno esportivo de apenas 673 kg chegava a 145 km/h. O motor 122E equipava a versão Competition: tinha carburador duplo Weber, 85 cv e velocidade máxima de 160 km/h. Em 1961 eram oferecidos motor Ford de 1.340 cm3 e freios dianteiros a disco.
Em 1962 o Plus Four recebia o motor do Triumph TR4. Com 2,1 litros, carburador duplo Stromberg, 105 cv e câmbio de quatro marchas, chegava a 175 km/h. Vendido nas versões cupê e roadster, pesava 840 kg e seus pára-lamas já eram alongados, além de ter estribos. No ano seguinte o 4/4 chegava à série 5, com motores do Ford Cortina em versões de 65 e 84 cv, ambos de 1,5 litro. |
| A estrutura da carroceria em madeira permaneceu durante todas estas décadas, apesar das numerosas mudanças de motor e aperfeiçoamentos mecânicos. Este 4/4 é de 1969 |
Era lançado também o cupê Plus Four Plus. O esportivo fechado tinha capô longo e traseira curta, carroceria em fibra-de-vidro e comprimento de 3,89 metros. As rodas raiadas de 15 pol tinham "cubo rápido" e o peso era de 830 kg. Este modelo foi considerado muito moderno pelos amantes da tradicional marca e logo descontinuado.
Em 1968 chegava o modelo que seria o maior sucesso da fábrica: o Plus Eight. O motor de oito cilindros em V da Rover inglesa, derivado do Buick 1961, tinha 160 cv de potência e generosos 3.520 cm3. A caixa de quatro marchas era da marca Moss. O pequeno dragster arrancava bem, deixando marcas pretas de pneus no asfalto, e chegava a 210 km/h segundo o construtor. Mas a direção era dura e pouco precisa, e a suspensão muito firme transmitia as irregularidades do solo para os ocupantes. Com o passar do tempo estes problemas, irrelevantes para os mais apaixonados, foram amenizados. |
O Plus Eight (aqui um de 1982) foi o maior sucesso da marca, com o potente motor V8 da Rover de 3,5 litros e 160 cv. Apesar da suspensão e direção precárias, acelerava muito bem e chegava a 210 km/h! | |
Sua carroceria era baseada no Plus Four, só que mais larga e longa. As rodas eram em liga leve de 15 pol e um dos charmes do modelo era a correia que prendia o capô do motor. Como opção podia vir com bagageiro cromado preso na estrutura que prendia o estepe e este, por sua vez, no diminuto porta-malas. Por dentro, o painel de madeira acomodava instrumentação farta e de bom tamanho -- nenhum motorista que sofresse da vista reclamava. Pouco à esquerda do centro do volante estava o conta-giros com faixa vermelha a 5.000 rpm; o velocímetro ficava quase nos olhos do passageiro. Os bancos estavam longe de ser confortáveis e eram justos também em tamanho. Com o pára-brisa baixo, podia-se sentir bem o vento no rosto. A capota necessitava de paciência e raciocínio para ser montada.
Em 1973 a caixa Moss era substituída pela Rover, muito mais rápida e precisa. O roadster também ganhava em largura e comprimento. Três anos depois passava a contar com quinta marcha, novo painel, novas rodas em liga e ficava maior e mais largo. Em 1977, como opcional, o cliente podia optar por uma carroceria em alumínio, mas sua estrutura sempre foi feita de madeira. |
| Mesmo com a chegada do moderno Aero 8, o Plus Eight -- este é um 1994 -- permanece disponível sob encomenda. E tem lista de espera |
Até 1987 Peter Morgan, filho do fundador, continuava na direção da fábrica. Nesse ano foram produzidas 409 unidades. O Plus Four voltava a ser produzido em 1989, com o motor do Rover 820. O Plus Eight já podia vir com injeção eletrônica Bosch LH-Jetronic, suspensões mais modernas, rodas de 15 pol e motor Rover V8 de 4,5 litros e 223 cv. Mesmo com a "revolução" do lançamento em 2000 do Aero 8, com motor BMW V8 e carroceria inteiramente modificada, o Plus Eight é ainda fabricado para atender a encomendas -- sempre com fila de espera.
Nas décadas de 60 e 70, vários construtores artesanais fizeram réplicas de carros antigos. A Morgan era a única que fabricava -- e o faz até hoje -- um autêntico carro antigo com componentes atuais. |
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Faltou a observação ao final....
ResponderExcluirE amanhã a miniatura....?????