É essa loucura aí de cima!!!!
Fonte: Jalopinik
Se a série 8 é para muitos o mais bonito BMW de todos, o M8 tinha tudo para ser o mais impressionante da história, um feito mecânico e de engenharia construído sob um elegante corpo de modelo. Mas alguém lá na Baviera não quis que isso acontecesse. Por que?
Durante quase 20 anos, a história do M8 foi apenas um rodapé de página. Tudo o que se sabia é que a definitiva versão Motorsport da série 8 havia sido cancelada pela diretoria alemã devido à suposta falta de mercado consumidor naquele início dos anos 90. O único protótipo teria sido guardado no chamado Giftschrank, o porão de experimentos da marca em Munique. Poucas fotos da carroceria vermelha – bastante apropriada para um projeto que se denominava “matador de Ferraris” – eram conhecidas do público. Muitos acreditavam que o carro já tivesse sido desmontado e que nem existisse mais.
Foi só em 2010 que o BMWBlog conseguiu o que todos sonhavam: encontrou o protótipo em condições impecáveis, e trouxe fotos e relatos desse sobrevivente. O motor, como já sabido, é uma evolução do S70 de 12 cilindros em V do 850CSi. O volume passou de 5,6 para 6,0 litros, cada cilindro ganhou quatro válvulas (48 no total) e a potência estimada bateria nos 558 cavalos, transmitidas ao eixo traseiro através de uma transmissão manual de seis marchas, e com um acelerador convencional, mais sensitivo, no lugar do pioneiro drive-by-wire.
Repare na quantidade de fibra de carbono empregada para aliviar o peso do motor. Considerando que o 850CSi, com 180 cavalos a menos, já era um Jumbo capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em seis segundos, com máxima real bem acima dos 250 km/h limitados eletrônicamente, ficamos arrepiados só de imaginar do que o M8 seria capaz, principalmente porque o protótipo não se limita a uma preparação mecânica.
As modificações começam pela frente, que perdeu os faróis escamoteáveis e ganhou novas aberturas de ventilação no para-choque e na parte posterior do capô. A estrutura ganhou colunas B centrais (ausentes nos 850) para reforçar a rigidez estrutural, os vidros laterais são de plexiglas, as portas foram substituídas por peças de fibra de carbono, e os alargamentos da carroceria com dutos de ventilação também são feitos desse material, assim como as rodas aro 17. Você se lembra de algum carro empregar fibra de carbono em quantidades assim, em 1990? Nós também não. Infelizmente, os custos foram uma das justificativas para a descontinuidade do M8.
Por dentro, o interior foi completamente aliviado, com camurça no lugar do couro, bancos do tipo concha com cintos de quatro pontos, ausência de bancos traseiros, e todo aquele painel central cheio de computadores de bordo, som e ar condicionado digital substituído por comandos analógicos bem simples e três manômetros VDO. Um carro que exala performance por todos os poros, aliado a uma das mais belas carrocerias já concebidas pelo homem.
Apesar de escondido por quase duas décadas, um dos legados do M8 foi parar na alma do maior esportivo dos anos 90, o McLaren F1. O motor S70/2 de 636 cavalos do supercarro inglês foi desenvolvido basicamente pela mesma equipe de engenheiros, e compartilha diversas características com a usina que equipa o único protótipo do que poderia ter sido o maior de todos os BMW.
Mercado consumidor à parte, fico imaginando qual é a sensação do responsável (ou responsáveis) por cancelar o projeto do M8 naqueles tempos. Perderam a chance de entrar para a história. Tomara que se arrependam.
A 850 eh realmente a mais linda de todas! Imagine uma M8?! Tenho uma 850csi verde e outra vinho, road tough ¬¬
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