Preston Tucker nasceu em Capac, no estado de Michigan, nos Estados Unidos em 21 de setembro de 1903 e teve o seu primeiro emprego como office-boy na sede da Cadillac Motor Company.
Depois de casado, trabalhou como vendedor numa concessionária de Memphis, no Tenessee, chamada Mitchell Dulian. Vinte anos mais tarde, o dono dessa concessionária passaria a ser o diretor comercial da Tucker Corporation.
Em 1933, Preston Tucker já era diretor comercial da Pierce-Arrow. Pouco tempo depois, já era proprietário de uma concessionária Packard em Indianápolis. Durante toda sua vida, Tucker sempre elaborou planos industriais.
Em 1940, inaugurou em Ypsilanti, Michigan, a Tucker Aviation Corporation, indústria que fabricava aviões, tanques e canhões para a Segunda Guerra Mundial. Com o fim da guerra, em 1945, ele destinou seu dom industrial ao seu grande sonho: construir um automóvel que fosse seguro, rápido, baixo, comprido e com boa aerodinâmica. Nascia o projeto Tucker Torpedo, um carro que estava anos à frente da concorrência em matéria de engenharia, velocidade, com estilo futurista, além de ser extremamente seguro. Em quinze anos de projeto, o carro recebeu diversas inovações como o design aerodinâmico desenvolvido pela indústria da aviação, além de apresentar uma segurança muito avançada para a época com cintos de segurança e compartimento deformável dos passageiros. O pára-brisas do Tucker Torpedo também recebeu uma atenção especial: ficava encaixado sobre uma espuma de borracha, fazendo com que ele saltasse para fora do carro em caso de colisão. Este carro também possui um farol central que vira acompanhando a direção do volante para iluminar nas curvas.
Para se ter idéia de como Tucker se preocupava com a segurança dos passageiros, as maçanetas internas do veículo ficavam para dentro das portas para evitar que seus ocupantes se machucassem em caso de acidente. O interior do carro era todo acolchoado, inclusive o painel e, o retrovisor interno, era de plástico flexível.
Tucker Torpedo também tinha um sistema de suspensão independente, freios a disco nas quatro rodas e era um carro com motor de 6 cilindros horizontais de 5,8 litro (9,6 litros na primeira versão), o mesmo usado no helicóptero Bell, dotado de uma potência de 150cv, capaz de atingir 190 km/h. Os cilindros do Torpedo, em 1947, já eram alimentados por injeção de gasolina! Enfim, o Tucker Torpedo seria o carro dos sonhos de todos os americanos, por um preço que grande parte deles poderia pagar: apenas US$ 2.450,00. Após a divulgação do seu projeto, Preston Tucker conseguiu encomendas de 300 mil unidades de pessoas que queriam possuir o "carro dos sonhos". Com isto, conseguiu atrair 28 milhões de dólares através do mercado de ações dos Estados Unidos para iniciar o seu projeto, que foi colocado em prática numa antiga fábrica de aviões alugada em Chicago, onde chegaram a ser construídas algumas unidades do carro.
Por ter um projeto totalmente inovador e que poderia abalar as montadoras norte-americanas, algumas pessoas afirmam que as grandes montadoras da época, juntamente com o próprio governo norte-americano, fizeram uma grande conspiração contra Tucker com um marketing negativo agressivo e expansivo de ataque ao industrial com calúnias, processos e fraudes em seus projetos e balanços que colocaram Tucker como um dos maiores fraudadores do país, como se tivesse enganado acionistas e concessionários, sendo comparado até mesmo a Al Capone.
Tentaram condenar Tucker com uma pena que poderia variar de 20 a 155 anos de prisão. Mas, com habilidade de mostrar como o país estava sendo injusto com ele, Tucker conseguiu ser absolvido do processo. Mesmo assim, sua fábrica já havia sido fechada pelo poder norte-americano e o carro já havia conquistado fama de fraude, o que culminou no fim do seu sonho nos Estados Unidos, em 1949.
Apenas 51 unidades do Tucker Torpedo chegaram a ser construídas. Destas, 47 ainda existem com colecionadores, uma no Brasil, abandonada ao Deus dará, sem motor... um pecado.
Esta cena é do filme, mas dá pra provar que ele realmente construiu os carros que prometeu.
Conhecem o Tucker Carioca? Isso é para outro post... depois conto a história desse carro.
Se já queriam sumir do mapa com o Sr. Tucker pelo Torpedo, imagine se ele tivesse conseguido fabricar o Carioca aí de cima...
Assistam ao filme!
"compartimento deformável dos passageiros."?
ResponderExcluirO ideal não é o indeformável, e o habitáculo do motor ser deformável para absorver o choque dissipando energia? Se o compartimento de passageiros deforma os passageiros ficam feridos e presos dentro.
Existiu também o Carro de Combate Blindado Tucker que não passou de dois protótipos entre 1939-1941.
ResponderExcluirmordaz quanto mais vai deformando mais vai dissipando a energia do impacto, quanto mais rigido menos dissipaçao de energia ocorre...veja a diferença entre o acidente que matou senna quando o carro era mais rigido pros carros de hj que ficam deformado mas a celula de segurança fica protegida.
ResponderExcluirDeve ser um erro bobo de quem escreveu, deveria ser "estrutura deformavel" apenas. O que levou o carro a ser um fracasso foi justamente seu maior trunfo, ele era pensado para ser seguro em caso de acidentes, mas como americano é mais burro que uma parede de tijolos: eles pensaram que o carro era assim pq era muito ruim e ia bater muito, por isso o engenheiro já pensava em como salvar os passageiros... eita burrice desenfreada desses americanos.
ResponderExcluirO caso do Sena não foi um caso de deformação, mas da ponta do eixo da roda dianteira, que soltou-se com o impacto, e penetrou no capacete e no crânio do piloto, saindo em seguida. Foi tão rápido que ninguém notou. Só revendo as imagens em câmara lenta na investigação. Só os atendentes de pista viram a irreversibilidade do caso. Mas como ele era um ídolo, tiveram a prudência de só declarar o óbito no hospital. Não tivesse ocorrido este detalhe e ele não teria morrido, pois no resto estava ileso.
ResponderExcluirNo caso de automóveis de passeio, a "célula de sobrevivência" é justamente o "compartimento dos passageiros", e a parte do motor que é planejada se deformar e dissipar a energia.
Cara não foi a ponta de eixo, foi o braço da suspensão.
ResponderExcluirDepois desse terrível acidente é que foram comparar os carros da F1 com os da Indy e perceberam que o cockpit dos F1 eram muito abertos...
entao mordaz mas aquilo acontenceu pq o carro era rigido demais...e nao absorvia o impacto.
ResponderExcluirquanto ao tucker terminou a vida fabricando geladeiras de baixo custo pra pessoas de baixa renda na america do sul
Vejo um desses em frente da minha casa, no centro cultural de Caçapava ...
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